sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Papo Fashion: icons através dos tempos

ANTIGUIDADE - Desde que o mundo é mundo, ou seja, desde que o homem estava aqui pra contar história, a moda existe. Na Antiguidade, os tecidos eram caros e era fácil distinguir ricos e pobres. Não era como hoje com gente que anda em cima do salto e com a conta bancária no vermelho. Talvez um dos primeiros fashion icons de que se tem notícia, não somente pelas vestimentas e acessórios, mas pelos rituais de beleza, seja Cleópatra. Dizem que Nefertite era mais bonita, mas Cléo era a it girl, né gente. E gosto de imaginá-la assim, na pele de Liz Taylor e seus olhos violeta. Diz a lenda que certa vez, para demonstrar seu poder numa festa, mandou triturar pérolas e as bebeu numa taça de vinho.



ERA MEDIEVAL - Nos tempos medievais, imperavam os modelos com as mangas hoje chamadas exatamente assim: mangas medievais. São aquelas longas que vão se abrindo em direção aos punhos, como nesta foto.


Foi esse tipo de mangas que escolhi para o meu vestido de noiva:




SÉCULO 15 - Elizabeth, a última da dinastia dos Tudors, a "Rainha Virgem", como costumam chamá-la (cof cof), definitivamente, lançou moda. Rejeitada por ser a filha de Ana Bolena, a quem o pai mandou cortar a cabeça por suspeita de traição, demorou a sentar no trono. Os favoritos, naqueles tempos, eram sempre os homens. Assim, depois de muitas tentativas fracassadas, o rei Henrique finalmente teve um menino, que morreu muito jovem. Bloody Mary, assim chamada por ter sido uma das mais sanguinárias rainhas, e meio-irmã de Elizabeth, também morreu cedo (talvez tarde demais para quem ela perseguia). E agora quem? Quem? Foram buscar Beth, que saiu do limbo para o trono, tendo reinado de maneira tão competente que até hoje é venerada pelos ingleses e seu reinado é conhecido como "A Era de Ouro". Imprimiu um próprio estilo de se vestir, no qual se auto-denominava: "Eu sou a Inglaterra". Gosto muito desta arte da fotógrafa australiana Alexia Sinclair:


E o figurino de Anne Boleyn em The Tudors, com seus colares de cruzes, me lembram os dias atuais.




Abaixo uma réplica de um modelo típico da renascença.




SÉCULO 18 - E como falar de moda histórica, sem citar Marie Antoinette, a rainha que não foi sangrenta como Lady Mary, mas a quem a vaidade lhe saiu cara. Lançou moda, seu estilo era copiado e invejado e hoje não só seria perdoado como seria figurinha tarimbada na revista Caras. Seu estilo é conhecido pelas altas perucas, muitas joias e vestidos amplos de tecidos nobres em tons pasteis e estampas florais, suas favoritas. Abaixo, a Marie Antoinette de Sofia Coppola numa foto que gosto muito em um editorial de moda, posando com suas damas de companhia em toda a opulência da corte de Versalhes.


Vestido de Marie Antoinette

Será que na gastança eles seriam tão diferentes dos políticos de hoje? Uma coisa é certa: se a austríaca dos brioches não foi um modelo de popularidade naqueles tempos, inspira a moda até os dias de hoje, como nestes sapatos de Christian Louboutin, batizados com seu nome. Cortaria a minha cabeça por um par desses. Mas aí não teria como usá-los, né... Cortaria um dedo então.


SÉCULO 19 - Enquanto a indústria do cinema e da tv não apareceu no cenário, eram os nobres que ditavam moda. O modelo em vermelho, que nos remete à realeza vampiresca do Conde Drácula, na Romênia, é um clássico modelo vitoriano, que pode ser comprado nos dias de hoje pelos apreciadores do estilo, que querem arrasar em festas a fantasia.





A imperatriz Sissi, da Áustria, era famosa por sua obscessão pela beleza. Dizem que chegava a gastar quatro horas penteando os cabelos e gostava de colocar apliques de diamantes nas madeixas, como no retrato abaixo. E numa época em que os corpos esguios ainda não eram exatamente um modelo de beleza, sofreu de distúrbios alimentares para manter-se magra.





A beleza se vai, assim como a vida. E Sissi acabou morrendo jovem, por conta de sua saúde debilitada pelos regimes excessivos. Mas ficam as joias, que foram passando de geração em geração, viajando de país em país, conforme os casamentos. Hoje tiaras da corte de Napoleão Bonaparte adornam cabeças de princesas nórdicas.

A Tiara Camafeu, usada pela princesa Vitória da Suécia, no dia de seu casamento.


A tiara de rubis e diamantes foi usada pela primeira vez na noite de coroação do imperador Napoleão Bonaparte. Gosto tanto desta tiara que vou postar mais looks da princesa Mary com ela. Mary Donaldson, na minha opinião, é a mais fashion das princesas e eu postarei mais looks dela posteriormente.





ANOS 10 - No começo do século 20, as saias perderam volume, mas continuam os chapéus vistosos e enfeitados de fazer inveja a Joãozinho Trinta. Figurinos assim pudemos ver no filme Titanic.



ANOS 20 - Com o fim da Primeira Grande Guerra, os anos 20 chegaram loucos e revolucionários e imperou o estilo melindrosa que agora voltou com força total, também ajudado pela indústria do cinema com filmes como "The Great Gatsby".

A romântica, mas frívola, Daisy, com as joias da Tiffany de diamantes e pérolas, desenvolvidas especialmente para o filme.

No Brasil, a novela Gabriela, de figurino impecável, também foi referência no estilo anos 20, num tempo em que, ironicamente, as prostitutas se vestiam muito melhor que as mulheres de família. Abaixo, Giovana Lancellotti a la Betty Boop. Triste, mas fashion. Segura o choro, menina, pra não borrar a maquiagem!



E como falar de anos 20, sem falar do divisor de águas que foi Coco Chanel e responsável por um pouco de tudo que você viu nas duas fotos acima? Coco aboliu os corsets apertados, reinventou a elegância clean em seus pretinhos de silhueta alongada e corpos sem cintura marcada, chapéus mais simples, que depois viraram bandanas e headbands (estas mesmas que a gente está usando agora), pérolas e mais pérolas, vestidos mais curtos e saltos mais baixos. O conselho de Coco, descrito na foto, resume bem a filosofia fashion da marca mais famosa do mundo: "Uma garota deve ser duas coisas: elegante e fabulosa".



ANOS 30 - Nos anos 30, mais uma vez o cinema dita moda, lançando o estilo masculinizado e sexy de Marlene Dietrich. Demorei pra achar uma foto em que ela não estivesse fumando, porque naqueles tempos politicamente incorretos, fumar era sexy (hoje não, tá?).




E se você ainda tem dúvida que este look é sexy, dê uma olhada na burlesca Dita von Teese 'atacando' de "Lili Marlene...". Dietrich, aliás, foi forte não só no look. Fugiu da Alemanha nazista para tentar sucesso nos Estados Unidos e uma de suas maiores revoltas foi saber que Hitler, a quem odiava, adorava ouvir suas músicas.



Quer atacar de Dietrich também? Que tal esta camisa Dudalina?





ANOS 40 - Os anos 40 não tiveram muita graça. Também pudera. Eram tempos difíceis, de guerra, e as mulheres tiveram que arregaçar as mangas e se transformar em força de trabalho nas fábricas, enquanto os maridos estavam na guerra. As mulheres precisavam, assim, de um figurino prático. Sem falar que com os recursos indo todos para a guerra, não sobrava muito material para investir em roupas. As roupas eram simples, tipo terninhos com saias retas, sem pompa e circunstância. No cinema, Rita Hayworth traduziu bem este estilo, mas ainda bem que foi ela, pra dar uma compensada, já que nunca houve uma mulher como Gilda. Em vez do clássico pretinho tomara que caia, preferi postar este modelito, usado no mesmo filme, para mostrar como a moda é cíclica. Reparem como nas araras das lojas e revistas de moda de hoje em dia temos visto roupas assim: mini blusa de manga comprida com saia longa acinturada.





Mas como ser Gilda não era para todas, aqui uma foto de Lana Turner no mais puro estilo anos 40, conjunto simples de saia e blusa, em tempos de guerra, ao lado de um soldado.





ANOS 50 - Finalmente chegamos aos anos 50. Ufa! Nem eu, nem você, e principalmente os da época, não viam a hora de 'soltar a franga', aposentar aquelas roupitchas mais ou menos de quem tá "cunumizanu" e, sem medo de ser feliz, mostrar toda a sua feminilidade e glamour, em saias volumosas, cinturas ultra marcadas (o corset estava anistiado), decotes generosos, tecidos nobres, frente única, brilho, estampas e cores vibrantes. Marilyn Monroe foi o ícone dos ícones daquela época e continua referência até hoje, num estilo que nunca morre, mas outras divas também fizeram história.


Marilyn na famosa cena de The Seven Year Itch.


Se nunca houve uma mulher como Gilda, nunca houve, na história do cinema, uma diva tão glamourosa como Marilyn, que mesmo não sendo perfeita, dominava como ninguém truques fashion e de maquiagem, pra sempre aparecer deslumbrante e impecável.


Kim Kardashian pode ter se inspirado no eterno frente única dourado de Marilyn para compor este look que 'causou' no red carpet do Grammy 2011.


Grace Kelly, antes de ser princesa e antes mesmo de ser atriz, quando trabalhava como modelo nos anos 50. Naquela época, as modelos não eram celebrities como hoje em dia. Elas desfilavam assim, para as madames, e só o que importava era valorizar as roupas.


Sophia Loren, durante as filmagens de "A Breath of Scandal":cinturinha de pilão e modelito de princesa.

Ser voluptuosa, aliás, com cinturas bem marcadas e seios fartos, era um ideal de beleza. A única que conseguiu se projetar sendo o avesso de tudo isso foi Audrey Hepburn, mas Audrey era única, difícil explicar... Foi considerada recentemente o rosto mais bonito do século 20, então... Mas abaixo, posto um videozinho pra vocês terem uma ideia do que era ser bonita na época. Gisele seria vista como alguém que passa fome. O bonito era ter curvas. A modelo e atriz sueca Anita Ekberg nunca se projetou muito bem na dramaturgia, mas fez a glória nos filmes de Fellini. Neste vídeo, cenas engraçadíssimas do filme Boccaccio 70, no qual a loira se mostrou em todo o seu esplendor. Interpretava ela mesma, cuja imagem 'assombrava' o carola de óculos, que lutava para preservar a moral e os bons costumes e protestava contra um outdoor no qual a bela aparecia com os seios para fora do decote generoso, ao lado da frase: "Beba mais leite".




ANOS 60 - Talvez a moda nunca tenha sido tão vibrante, com tantas novidades em ritmo acelerado como foi nos anos 60. Foi uma década em que o mundo mudava assustadoramente, em todos os sentidos, com a pílula anticoncepcional, os movimentos feministas e o homem pisando na lua. Isso se refletiu na moda, através de uma silhueta mais reta, numa espécie de retorno aos 20, estilo imortalizado na modelo inglesa Twiggy. Por falar em Twiggy, na Inglaterra, a mini saia era inventada. E enquanto a NASA mandava seus foguetes para o espaço, imprimia aqui na Terra figurinos futuristas, com muitos grafismos, botas brancas e muita ousadia. Jane Fonda e Brigitte Bardot são ícones fortes da década, muito copiados até os dias de hoje.


Este modelo futurista de Paco Rabanne hoje é um clássico. O estilo ousado de Paco, aliás, foi adotado pela elegante Audrey nos anos 60, como vemos abaixo, à esquerda da foto de Jane Fonda, no fracassado filme "Barbarella". O filme é tão tosco que eu penso que o povo só foi ao cinema para ver Jane fazendo striptease em gravidade zero.





BB em preto e branco, em momentos que ela sabia misturar muito bem: inocência e sensualidade.


O toque de classe também teve suas representantes memoráveis nos anos 60: Audrey Hepburn e Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis, que teve tantos sobrenomes quanto chifres.


Aqui, Audrey e seu pretinho indefectível, numa caricatura ao lado de Humphrey Bogart.


ANOS 70 - Psicodelia sem medida ditaram o tom dos loucos e hippies anos 70, com suas calças bocas de sino, a lycra e maquiagem colorida. Nos Estados Unidos, uma juventude tresloucada pedia paz e o fim da Guerra do Vietnã, mas não conseguia vencer a batalha contra as drogas, que interrompia precocemente as vidas de Janis Joplin e Jimmi Hendrix. Esses hippies, aliás, faziam o tormento de quem vivia de moda, já que ripongo que se preze não vive por aí consumindo e atrás de uma nova tendência a todo momento.
No Brasil, em meio à mão de ferro da ditadura, a estilista Zuzu Angel era sucesso internacional e também teve uma vida curta, não pelas drogas, mas pela droga do governo. Na TV, Farrah Fawcet fazia sucesso no seriado "As Panteras". Enquanto a Miss Estados Unidos, Lynda Carter, incorporava a Mulher Maravilha.


The "Charlie's Angels", que inspiraram décadas mais tarde o remake com Cameron Diaz e Lucy Liu.




Linda Carter, que chegou a ser Miss Estados Unidos, era o seriado favorita das meninas dos anos 1970. Quase todo mundo que viveu a infância naquela época teve uma fantasia de Mulher Maravilha. Eu tive a minha, claro.




Abaixo, um modelito Zuzu Angel vestido por ninguém menos que Gisele Bundchen.




ANOS 80 - Os anos 80 podem ser moda hoje, mas definitivamente eu não tenho saudades nenhumas. A gente só faltava sufocar pra fazer permanente no cabelo e ficar com aquele cabelo de Capitão Caverna. Sem falar nas horrendas franjinhas Chitãozinho e Xororó, da horripilante calça semi-bag, que não deixa ninguém bonito e nas ombreiras que me dão vontade de por fogo, toda vez que vejo vídeos do Xou da Xuxa.
Outros itens dos 80 que beiram a heresia fashion são aqueles sapatões que poderiam servir até pra cortar cana. Ainda bem que não tínhamos uma máquina do tempo pra saber o que viria pela frente: É o tchan, funk, mulheres-fruta, etc. Senão teria me enforcado. Pelo menos tinha Renato Russo pra escutar.
Sem falar que a gente não tinha internet e tinha que esperar uma vida prum filme novo chegar nos cinemas. Com pouquíssimos canais na TV aberta - o que, aliás, continua - éramos obrigados a engolir as novelas globais, que nos anos 80 fizeram um sucesso considerável e ditaram moda.
Enquanto no cinema norte-americano nunca se fez tanto filminho água-com-açúcar, comedinha pra adolescente, do tipo "Minha namorada de aluguel", por aqui incorporávamos o figurino exagerado da viúva Porcina. Odeio tanto os anos 80, que quando a cintura das calças começou a subir eu já comecei a tremer. "Meu Deus, o que vem por aí...". Agora temos visto o retorno do punk, como neste modelito usado por Gisele Bundchen na festa de mesmo tema. Mas também, convenhamos, é um vestido que só fica bem nela.



Madonna foi o maior símbolo sexual e também fashion dos anos 80, imprimindo no estilo de vestir das garotas este visual meio desleixado, bem rock and roll, lenços, meias arrastão rasgadas, mini saias, cabelos irreverentes e sombrancelhas fartas a la Malu Mader. Nos anos 80, Madonna, literalmente, causou!


Acima, cena do polêmico videoclipe "Like a Prayer".


No cinema, roteirinhos como "A Garota de Rosa Choque" eram repetidos na TV exaustivamente. Sim este modelito da moça fez sucesso quanto ela apareceu vestida assim no final do filme. Ela mesma que fez, por sinal. E é o que parece, né.




ANOS 90 - Os anos 90 foram a era das supermodels: Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Cindy Crawford, Christy Turlington, Linda Evangelista, entre outras.

A alemã Claudia Schiffer era a queridinha de Karl Lagerfeld.
No look abaixo, num editorial pra Vogue, nos anos 90.



Todo mundo queria jogar um cabelão assim feito a Cindy. Quem batia o cabelo toda vez depois de lavar levanta a mão!




No começo dos anos 90, Julia Roberts arrasava no cinema com sua Pretty Woman, lançando um ideal de Cinderela Moderna, sem ter que necessariamente ser certinha como as personagens dos filmes antigos. Sharon Stone cruzava suas pernas no indefectível vestidinho branco usado sobre... nada!

Na TV, o seriado friends bombava. E o cabelo de Jennifer Aniston passou a ser um dos mais copiados.




Angelina Jolie nos ainda punks anos 90. Nos dedos, anel que voltou à moda nos dias atuais.
A atriz, inclusive, que no começo da carreira foi modelo, chegou a posar no estilo 'heroin chic' que imperou nos anos 90. Convenhamos que o jeito de doidinha era bem a cara dela, né?


Nesta década, o estilo 'heroin chic' fazia um contraponto à exuberância das supermodels e nada mais era que um visual de doente. Quem viveu aquela época lembra bem de folhear as revistas de moda e topar com editoriais onde as modelos com ar de drogadas e muito magras posavam com aquela cara de quem tá a ponto de ir bater um papinho com Janis Joplin no além. Dava vontade de mandar todas pruma casa de recuperação. Kate Moss foi a representante-mor deste estilo e seguiu a cartilha direitinho, nas sessões de foto e na vida. Hoje, reabilitada, dizem, figura entre as fashion icons do momento. Na foto abaixo, novinha, magrinha e ainda sem os efeitos das drogas na pele:




Aí eis que no final dos 90, chegou Gisele dando um 'chega pra lá' naquelas modelos esganzeladas da tendência 'heroin chic'. Gisele era tudo que as agências internacionais NÃO queriam naquela época. Aliás, ela ficou craque em ouvir 'não'.


O que ela tinha de errado? Na época, tudo. Bronzeada demais. Peito grande demais. Ar californiano demais. Saudável demais. Fugia do padrão gótico imperante. Até que um dia sir Alexander McQueen Que Deus o Tenha a viu desfilando e fez a clássica pergunta: "Quem é essa garota?". E do desfile do McQueen para as principais passarelas de moda foi um pulo. Gigi deixou o caminho muito mais fácil pras modelos brazucas e ajudou a impulsionar todo o mercado da moda no Brasil (quando ela começou, não tinha nem SPFW). E hoje, além de icon model, mãe dedicada e bilionária, Gisele tem nas suas quilométricas passadas praticamente uma marca registrada.



ANOS 2000 - Foi uma época em que eu fui muito feliz, usei muita calça Saint-Tropez, mini blusa, cabelão comprido...
Aqui Adriana Lima e Gisele Bundchen no começo dos anos 2000, quando as brasileiras começaram a bombar nas passarelas.









A Angelina, apesar de louca, era muito mais interessante que essa divina santa que ela resolveu encarnar ultimamente. Nada contra adotar todas as crianças do mundo, mas acho que no passado ela não interpretava um papel, nem vivia a conselhos de marketeiros. Era simplesmente ela mesma e se consagrou como a primeira e talvez única grande atriz de filmes de ação. Hoje ela pode até flutuar pelos tapetes vermelhos sem dar um deslize, mas ainda prefiro o visual "não tô nem aí" e o look mais saudável que ela tinha antigamente.




E aqui vamos nós depois dos anos 2000 da Miss Brasil de Rita Lee, continuando a nossa saga fashion, com muito mais problemas pra resolver e também muito mais informação, mais conectados, mais antenados, mais globalizados, mais livres e autênticos. Um mundo onde uma simples jornalista como eu pode falar sobre moda e ser lida por milhões (Deus me ouça). E um mundo onde não somente os grandes estilistas ditam o que a gente vai vestir, mas também as ruas. Um mundo onde o estilo e o seu jeito de ser valem muito mais do que modismos. Um mundo onde a gente usa a moda que cabe na personalidade e no bolso da gente, porque isso é ter bom senso, ser chic e ter caráter. Um mundo onde a gente se encontra fashion do jeito que quiser, brincando com estilos, voltando na história como numa máquina do tempo, pra brincar de ser um pouco princesa, um pouco guerreira, um pouco rainha desse mundinho fashion.



Acima, Kelly Brook num estilo anos 40.



Vestido Marchesa usado por Gisele Bundchen em cerimônia do Oscar, de inspiração corte imperial de Napoleão Bonaparte.


 Um editorial de moda atual, inspirado nos punks anos 80.


Abaixo, Alessandra Ambrosio num editorial de moda inspirado nos 60.




Hoje sinto que a moda anda muito repetitiva. Tudo bem que o vintage e o retrô são sempre bem-vindos, e as criações de uma forma ou de outra sempre se inspiram, além de no momento que vivemos, em tempos saudosos que gostaríamos de viver novamente. É por isso que a moda parece dar uma espiadinha lá atrás em espaços de 20 em 20 anos mais ou menos. Por isso hoje estamos com essa mania de 80. E nos 80 tínhamos a mania dos 60, com festinhas anos 60 e produções do tipo "Peggy Sue, seu passado a espera", "De volta para o futuro", etc.
Mas a vanguarda ainda é realidade e muita gente continua sendo referência na moda. Na minha vida, minha maior inspiração fashion será sempre a minha mãe, Maria Tereza. Nome de imperatriz, coração de ouro, sangue quente de nordestina arretada, alma de lutadora e a elegância de gente honesta, que tem sempre um sorriso no rosto, sempre pronta a ajudar quem precisa.

Aqui, em frente a Igreja Presbiteriana de Catanduva, numa passarela bem providencial, com visual despojado para um domingo de manhã: sapatos de salto baixo, calça jeans tradicional, blusa vinho, colete (que ela adora), lencinho charmoso no pescoço e cabelos Chanel.


3 comentários:

  1. ...ai como eu queria ter nascido na realeza...adoro akelas coroas...na minha cabeça ia fikar divino! kkkkk

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  2. e ah....adorei o visu da ultima modelo! mega charmosa ...a mamãe! eheh

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  3. Hehehe eu também adooooooro tiaras. Minha mãe é chic benhê.

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