sábado, 31 de agosto de 2013

Tiaras para se sentir uma princesa


Este post reluzente é direcionado às mortais que vão se casar na igreja, pois esta experiência - digo por experiência própria - é o mais próximo que você chegar de se sentir uma princesa, desde que o vestido branco e outros modismos instituídos por princesas e rainhas de verdade começaram a lançar moda entre as plebeias.
Quis começar com esta foto de Marilyn porque penso que esta foto traduz o sonho de todas nós, ainda que muitas neguem. Como Marilyn acreditava: toda mulher deve ser tratada como uma princesa e deve ouvir que é bonita, ainda que não seja. O mais irônico de tudo isso é que a diva que ficou famosa cantando "diamonds are a girl's best friend" jamais possuiu os tais sonhados diamantes e nem acreditava que eles eram realmente os melhores amigos de uma garota. Mas pelo menos nos filmes ela se realizou, ainda que usando tiaras e joias fake. Mas o que importa? Nem tudo que reluz é ouro, mas reluzindo é isto que a gente quer, principalmente no dia mais especial de nossas vidas.

Vou começar mostrando alguns exemplares de cair o queixo de tão lindos que contam histórias por elas mesmas, passando de geração em geração e guardando enredos interessantes, de muita discórdia, mas também de muito amor. E por falar em amor, começo com uma foto do casal real que parece ser o mais apaixonado da atualidade e que teve, na minha opinião, a cerimônia de casamento mais linda.


Nesta foto que traduz tudo, com uma delicada tiara de diamantes e o véu relíquia de família.

As tiaras da australiana Mary são as minhas favoritas, especialmente a de rubis com diamantes. Por isso vou postar várias fotos dela aqui.


 Esta tiara tem 200 anos e pertenceu a uma mulher por quem Napoleão Bonaparte foi apaixonado, mas na época ele era pobre e não deixaram ele casar com a moça. Quando ele era já imperador, a tal Desirré, que era noiva de um de seus marechais, usou-a na festa de coroação de Napô. Como o mundo dá voltas, hein...
Para que a cerimônia de coroação fosse bafônica, Bonaparte deu fortunas a seus marechais, pra que eles cobrissem suas mulheres de joias e assim foi feita esta tiara hoje usada por Mary. A tal Desirré acabou se casando com um príncipe nórdico e é por isso que esta tiara foi parar lá. Dizem que Desirré, francesa, odiava o clima nórdico. Dizia que lá só tinha duas estações: o inverno claro e o inverno escuro. Mas também não se pode ter tudo né, dona moça? Eu por esta tiara encarava um friozinho.
Tantas histórias... É por isso que, como gosta de frisar a rainha Margarida da Dinamarca, "não contamos os diamantes das nossas joias, contamos séculos".











Aqui Mary de novo com a tiara. Ela fica parecendo a Branca de Neve. Aliás, faz tempo que não a vimos com ela.

 Continuando na casa dinamarquesa, tiara Midnight, na cabeça da francesa princesa Marie, que se casou com um príncipe dinamarquês.



Saindo da Dinamarca e indo agora pra Suécia, que é um pulinho, as tiaras da casa sueca:


Rainha Sìlvia, filha de mãe brasileira, com sua tiara de safiras.



E por falar em Brasil, esta tiara que a rainha Sílvia está usando veio daqui; pertenceu à segunda esposa de Pedro. Quando Leopoldina morreu - alguns dizem que até de tristeza devido aos chifres que este lhe punha com a Marquesa de Santos - foi difícil arrumar uma princesa pra se casar com ele, pois todas sabiam de sua fama de bruto e mulherengo. Assim, ele acabou casando-se com uma jovem e bela aristocrata, mas que não era lá essas coisas em termos de nobreza - let's put this way. A princesa teve uma filha que morreu jovem. Assim, quando esta faleceu, suas joias voltaram para sua casa real de origem e hoje enfeitam mesas e cabeças reais nórdicas. A rainha Sìlvia, aliás, já declarou ter um apreço especial em usar esta tiara, devido à sua ascendência brasileira.


Aqui Sílvia jovem, muito linda, com a tiara camafeu, com a qual casou e uma de suas filhas também, Vitória, que adora arrasar com suas tiaras. Esta abaixo é típica dos anos 20.



Sua irmã, princesa Madeleine, também não fica atrás, e aqui faz bonito com a tiara de ametistas.





Esta delicada tiara de diamantes ela repetiu no dia do seu casamento.







Gostei mais da segunda tiara que Charlene usou no dia de seu casamento em Mônaco, que as más línguas ainda não decidiram se era casamento ou funeral. Por via das dúvidas, escolhi esta foto em que ela está de costas, pra poupar as lágrimas. E agora seguremos o chororô e vamos para a risonha agora RAINHA da Holanda, que é argentina, olha só... É Papa argentino, rainha argentina... a gente que se cuide.
Máxima estava simplesmente o máximo na cerimônia de coroação, com sua tiara de safiras azuis.







Kate Middleton, esperta como ela só, casou-se de um jeito pra ninguém ter mesmo o que falar. O vestido? Um clássico inspirado em Grace Kelly - não tão novidade assim, mas perfeito - e a tiara emprestada do acervo de... Diana? Nananinanão. A tiara Cartier foi emprestada da sogrinha. Com isso, ela já fez uma mediazinha, enquadrada em seu próprio estilo, que é discreto, usando uma tiara baixa, que não chama tanto a atenção quanto as demais mostradas aqui, apesar de linda. Aliás, não quero ser estraga prazeres, não, mas o vestido dela foi muito parecido com o da italiana Isabella Orsini, que se casou um tempo antes, e por acaso até gostei mais do visu da Isabella, e principalmente da tiara, porque adoro água marinha.



Continuando na Inglaterra, a princesa mais famosa do mundo, Diana Spencer, eterna princesa do povo, transformou-se em ícone fashion com seu estilo elegante, muitas vezes, nas ocasiões mais formais, combinado a tiaras belíssimas.


Aqui ela usa tiara da rainha, que já pertenceu à realeza russa e foi vendida à Inglaterra pelos bolcheviques, depois da Revolução Russa do início do século 20. Na época eles precisavam de dinheiro pra financiar o sistema e desnudavam sem dó nem piedade as preciosidades das joias da família imperial russa - ai, odeio esses comunistas, gente! Algumas peças foram vendidas inteiras, a outros reis e rainhas, e esta adornou a cabecinha de Lady Di.


Aqui Diana com a tiara Spencer, que tem este nome justamente porque faz parte do acervo de sua família e foi esta tiara que ela escolheu para se casar. Para os que não sabem, Diana não era plebeia. Ela não era princesa antes de se casar, mas pertencia a uma família nobre. Seu pai é Earl. Quem assiste o seriado Downton Abbey sabe do que eu estou falando. Escolhi esta foto porque é das poucas em que ela está sorrindo e não está olhando pra baixo com aquela cara de quem casou com príncipe que virou sapo.

Diana era tão estilosa que fez bonito transformando um colar de esmeralda nesta linda headband.




E se a Inglaterra tem a família real mais famosa, a mais bonita é sem dúvida a de Mônaco, graças à Grace Kelly que encheu de beleza o DNA dos Grimaldi. Aqui, a atriz-princesa numa festa de gala, usando uma tiara que pertenceu a Josephine, esposa de Napoleão Bonaparte.


E por falar em Napoleão Bonaparte, o legado do imperador também foi parar na cabecinha da princesa Vitória da Suécia, que usou a tiara camafeu no dia de seu casamento com um plebeu (mas cheio da grana). Ainda bem que hoje elas se casam com plebeus, porque esse negócio de casamento arranjado não dá muito certo mesmo.



São muitas princesas e tiaras, por isso vou dar uma resumida e pular direto pro Oriente Médio agora, mostrando a rainha Rania da Jordânia, com uma linda tiara de esmeraldas.

Vale ressaltar que tiara e coroa não são a mesma coisa. Coroas só podem ser usadas por reis. Aqui um exemplo, uma coroa germânica:


Já as tiaras, com pedras verdadeiras ou não, podem ser usadas por plebeias numa boa. E quem faz muito uso delas são as celebridades.


A galesa Catherine Zeta-Jones ficou linda no dia de seu casamento, usando esta tiara com véu.



Para seu casamento que durou tanto quanto uma bombinha peido de véia, Kim Kardashian torrou milhares de dólares nesta headband de diamantes ver-da-dei-ros.



 Quem quiser fazer o mesmo estilo, para um casamento mais bem sucedido que o de KK, que tal esta headband de cristais? Fofa, não?




Nenhuma diva de Hollywood ficou tão famosa por suas joias e tiaras quanto Liz Taylor. Aqui a minha favorita, de flores de esmeraldas, super delicada.



A belíssima atriz sueca Anita Ekberg ficou parecendo uma princesa de verdade com esta headband, que não sei dizer se é joia ou não.



Esta tiara Nero é uma bijuteria linda e pode ser usada não somente por noivas, mas também por madrinhas ou convidadas.



Uma tiara dessa com aplique de flor faz bonito num casamento no campo.



Mas esta delicada tiara é a minha favorita, pois eu adoro noivas de cabelos soltos.



A tiara de Adriane Galisteu é linda, em pérolas, e também uma boa inspiração para casamentos.

E foi assim que eu me casei com o Xuxa, com uma tiara prata bem rente à cabeça, cheia de florzinhas com strass, da Primavera Noivas, de Catanduva, em 2006. Foto by Márcio Costa.


Etiqueta: elegância não está só na roupa


Quero falar de uma coisa, adivinha onde ela anda? Isso mesmo. A educação. Não falo daquela educação que se mostra pendurando um diploma na parede.
Quero falar também de elegância, mas não daquela que se compra com o cartão de crédito na Oscar Freire.
Vou abordar também a classe, mas não aquela de saber como se portar à mesa e pra que serve cada garfinho e cada colherzinha.
Quando eu era criança, minha mãe ensinava que era feio mastigar de boca aberta. Fato. Então a gente só pra provocar ficava assoprando o canudo no copo de coca-cola, em vez de sugar, pra fazer borbulhas e a minha mãe ficava em cólicas. "Já falei pra parar com isso!".
Obrigada, mãe, hoje eu não como mais de boca aberta, nem faço bolinhas no copo. Aliás, eu odeio canudo. Mas não foi só isso que aprendi com ela, com professores e outras pessoas de bem. E é dessa educação, cuja falta dela tem me irritado profundamente nos últimos dias, que quero falar. Então aqui vão os 10 Mandamentos da Pessoa Fina, que no céu vai não vai comer junkie food, vai comer lagostas ao molho de queijo. Estas são as melhores dicas pra não parecer um macaron embrulhado num papel de jornal, ou ainda uma jeca-tatu embolada num tailler Chanel em cima do salto Ferragamo.

1- Fale baixo. Eu não sou surda. E os surdos também não vão escutar com você falando alto. Aprenda libras. Olha que fino!
2- Não fale sem parar como se quisesse mostrar pra todo mundo o quanto você é sábio e viajado. Quem tem conhecimento e sabedoria não fica palestrando no ouvido de ninguém sem ser perguntado.
3- Seja pontual e se não deu pra ser, desculpe-se adequadamente, demonstrando que você realmente sente por isso. Não vale inventar mentiras ou culpar o trânsito.
4- Receba as pessoas com educação, sem arrogância, como se demonstrando inacessibilidade você demonstrasse que é importante. Não demonstra. Só mostra que você é um sem educação miserável.
5- Retorne os pedidos e telefonemas que as pessoas lhe fazem, ainda que seja para dar uma resposta negativa. Tem gente que é tão jacu que pensa que o profissional que está a esperar pela resposta não é suficientemente adulto pra receber um não. E-mails principalmente devem ser respondidos quase que imediatamente, tão logo você os leia, mesmo que ainda não tenha a resposta. Avise que tão logo a tenha você informará. Tem gente que acha que o outro é sensitivo, que vai receber a resposta por meio de um espírito mensageiro e que ele não precisa se dar ao trabalho e à elegância de dar um retorno. Confesso que às vezes não sei se isso é por sadismo, por ignorância ou pura preguiça e egoísmo.
6- Não aponte o dedo às pessoas na rua, não as encare, nem as olhe de cima para baixo, como se as tivesse medindo, pra avaliar o que estão vestindo e, por isso mesmo, se são dignas de sua atenção. Olhe nos olhos. É tão chic isso, gente.
7- Não discrimine. Obama eleito. Oprah milionária... Ponha seu preconceito no seu saquinho medieval da ignorância e jogue no lixo. Nada de rejeitar candidato a emprego ou tratar de modo diferente, por causa da cor ou aparência. Aparência aqui leia-se: tipo de corpo, genética. Não me refiro a desleixo. E, acima de tudo, não seja educado só com os ricos e poderosos. O mundo dá muitas voltas... e ainda que não desse, ser interesseiro e puxa-saco é o cúmulo da deselegância.
8- Procure escutar mais do que falar, sendo, acima de tudo, um conciliador, e não um fofoqueiro.
9- Não inveje. Ao invés disso, trabalhe para conseguir o que quer. Uns têm mais sorte que outros? E daí? Corra atrás do prejuízo e procure ser feliz com o que tem. Se dinheiro trouxesse felicidade, tantos milionários não teriam se matado.
10- E por último, seja você mesmo, mas não seja uma Gabriela, que nasceu assim e vai ser sempre assim. É próprio dos sábios mudar de opinião. Não se mostre relutante mesmo diante dos mais irrefutáveis argumentos. Isso só fará você posar de mente fechada e idiota. Esteja aberto a novas ideias, diga que vai estudar melhor o assunto e quando tiver um argumento melhor você pode dizer, sem alterar a voz, mas ainda que para sempre discordem, nunca misture amizade com divergência de opiniões. A não ser que o seu 'amigo' decida, do dia pra noite, defender o canibalismo, por exemplo.


Feito isso, eeeeeeeh, parabéns, você é fina. Vamos brindar a isso e bebericar nosso vinho das ninfas!

Talento de Catanduva é destaque da TV Record


Será que finalmente agora alguém que eu conheço vai ficar famoso e bem-sucedido? Que bom... vou ter alguém pra pedir dinheiro emprestado. Hehe que nada, brincadeirinha...
Filipe Volpi, meu ex-aluno do Jesus Adolescente, foi destaque da TV Record Rio Preto, como mais recente sucesso musical na internet.

http://www.recordriopreto.com.br/noticia/14113/garoto-e-sucesso-na-internet.html


E o mais irônico é que eu tenho poucas lembranças dele de quando lhe dava aula, porque ele era quietinho. Eu me lembro mais dos atentados.
Bonito ele sempre foi, agora está um gato. Estilo ele tem de sobra. O Catanduva Fashion aprova. Mas e o que exatamente ele faz nos vídeos que posta no youtube?
Não, não torça o nariz. Você não verá ninguém cantando e dançando igual caranguejo, nem gritando VAI VAI VAI VAI VAI, nem fazendo nada tosco ou nojento, como os vídeos virais que a gente tem visto por aí.
Deus seja louvado, há vida inteligente na nossa wasted youth!
Filipe grava suas músicas em seu próprio quarto, mas os vídeos curiosamente acabam ficando com mais qualidade que muitos por aí que custaram milhões.
Gente do mundo inteiro tem clicado em seus vídeos pra ouvir ele cantar e tocar, cheio de talento e carisma, com uma voz de timbre agradabilíssimo. E mais não falo. Se ainda não assistiram, assistam ao vídeo.




E aqui com mamãe Cristiane Gaspar, mostrando essa coisa maravilhosa que é a genética.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Vestido camisa: bonequinhas de luxo


Michelle Dockery, atriz do seriado britânico "Downton Abbey", aquele que todo mundo pensou que ia ser uma historinha pó-de-arroz e virou um drama titânico de puro sucesso, surgiu assim no Festival de Cinema de Veneza. Simplesmente básica e esplendorosa, num vibrante vestido camisa vermelho, de causar um tsunami nos canais da cidade mais romântica do mundo. A combinação vermelho e preto é sempre bombástica, sem falar que o vermelho agora é o novo preto.

E o que falar do modelo deste vestido, senão que ele é uma coisa fofa mesmo, super girlie, super sixties, que deixa a mulher com ares de bonequinha de luxo. A princesa Mary Donaldson, ícone fashion da realeza europeia fugiu do óbvio e ficou divina neste vestido camisa florido, também de fundo vermelho.



A blogueira Keiko Lynn, que tem simplesmente um dos blogs de moda mais respeitados do mundo, parece adorar o modelo, pois sempre posta fotos vestida assim. Só que os dela são mais parecidos com o modelo de Mary, em formato de blusa ou vestido de boneca.



Os vestidos chemise ou vestidos camisa também podem ser usados de um jeito mais descontraído, com botões e belo cinto. A Casa Fátima costuma ter sempre vestidos neste estilo.


Outra opção, que se aproxima mais do setentinha de Zuzu Angel, com o florido dos anos 40 de Carmen Miranda, é usar o vestido camisa de comprimento longo. Vestidos assim podem ser encontrados na loja Cortiço, que fica no Garden Shopping Catanduva.


E já que falamos de Zuzu Angel, vamos terminar o post com uma bela homenagem a esta mulher com o talento na mesma proporção de sua força. Zuzu foi das primeiras estilistas - senão a primeira - a tornar o nome do Brasil internacional em termos de moda. Com sua originalidade, ousadia e brasilidade, Zuzu sempre acreditou que não era preciso copiar os estilistas europeus pra fazer moda de qualidade. A estilista foi assassinada pelos militares porque exigia do governo militar uma retratação e uma explicação para com o caso de seu filho, que foi preso, torturado e morto pelos militares. Seu corpo nunca foi encontrado. Zuzu foi morta num acidente automobilístico "encomendado" pelo governo da época. Décadas mais tarde, o fato foi oficialmente reconhecido como crime pela Justiça Brasileira.




Ser fashion é Simples Assim


Hoje a jornalista Gislaine Sampaio esteve no Sincomércio e depois passeamos pelo centro da cidade, para a gravação de uma entrevista com o presidente da entidade, Ivo Pinfildi Júnior, que informou sobre diversos importantes assuntos de interesse do comércio.



Em seguida, a gente seguiu para a Casa Fátima, onde gravamos uma entrevista sobre... o blog Catanduva Fashion, que está dando o que falar, já com mais de 3.000 visualizações em menos de 1 mês de existência. Obrigada, pessoas! E um beijinho especial em você, Gi, que estava super fashion de look monocromático e maxi colar. Aliás, estávamos combinando por coincidência!




Moda retrô: biquinis e maiôs

Eu já falei sobre o vintage e neste post vou falar sobre o retrô, pois é importante frisar que não são a mesma coisa. O vintage é algo antigo que pode ser usado hoje em dia em sua forma original. O retrô é algo moderno, mas de inspiração em algo do passado.


Ele não precisa ser exatamente igual um maiô antigo, mas ser uma releitura contemporânea de peças que foram moda no passado, como este lindo maiô estampado frente única, que lembra os muitos usados por Marilyn Monroe.



Não dá pra falar de moda retrô sem entrar num túnel do tempo e ver tudo que já foi moda nas areias e piscinas do mundo, desde que banhar-se em público tornou-se não apenas aceitável socialmente, mas um hábito e, consequentemente, uma oportunidade de lançar moda também. No começo, entretanto, os trajes eram comedidos, como se vê nesta foto de 1922, em Washington, quando o 'hominho' literalmente mede o comprimento do... como chamo isso? Do traje de banho da moça, cujo comprimento hoje daria pra ir à missa.



Aos poucos, thanks Lord, os trajes foram subindo e as mais ousadas podiam ser vistas pelas areias das praias, com trajes como este de Ava Gardner.





A partir dos anos 50, o duas peças já era usado principalmente pelas estrelas do cinema, como Elizabeth Taylor, que escolheu este modelo de babadinhos para um mergulho durante as filmagens de Cleópatra. Um modelo parecido com este retrô usado este ano pela britânica Kelly Brook, em estampa xadrez vicky, popularizada por BB.






O biquini deve a sua popularidade à Brigitte Bardot, que nos anos 60 foi a rainha das areias de St. Tropez.


Quando eu voltava de "Santchos" no final dos anos 70, eu e minhas primas íamos cantando no carro: "Era um biquini de bolinha amarelinha tão pequenininho, mal cabia na Anamaria...". Porque o primeiro biquini de que me lembro vestir, quando tinha lá meus cinco aninhos, era um biquini de bolinhas, só não era esse fraldão que a Marilyn está usando. Já a versão retrô atual, devido à evolução da indústria têxtil, vestem melhor e ficam mais ajustados ao corpo. Até meados dos anos 60, o biquini era mesmo de algodão.




Biquini retrô da minha marca favorita, Mar Rio, encontrada na Acalanto Lingerie, em Catanduva.


Muito, muito antes de Demi Moore fotografar pra capa de uma revista mostrando o barrigão de grávida, Leila Diniz desfilava de biquini pelas areias de Copacabana.


Algo que Kim Kardashian, recentemente, também fez.


Mas hoje em dia precisa de muito mais que isso pra chocar, né. Leila Diniz nos tempos atuais seria considerada uma mulher absolutamente normal, usando biquini, falando o que queria e provavelmente tendo um blog como este, em meio a tantas outras.


Nos anos 70 de Raquel Welch, os biquinis começaram a ficar menores. Os brasileiros, então, nem se fala. Por aqui já se usavam as famosas tangas, que antecederam o fio dental, invenção 100% carioca (que não me ouçam os tupinambás).


No comecinho dos anos 80, Monique Evans e Xuxa posavam sem silicone, biquinis minúsculos com a parte de cima cortininha, que podiam ser de crochê, e na parte de baixo o famoso "enroladinho". Eu usei esse e vocês?


No final dos anos 80 e começo dos 90, só dava Claudia Schiffer e o biquini asa delta.



Quando Gisele Bundchen começou a desfilar no Morumbi Fashion, os biquinis brasileiros, que sempre estiveram na frente em termos de ousadia, começaram a ganhar o mundo, com marcas que começavam em fundos de quintais da Grande São Paulo e que hoje já exportam para o mundo inteiro, lançando suas novas coleções na SPFW.



A mais nova coleção da Salinas foi muito retrô, evocando a era de ouro de Copacabana, com sua Garota de Ipanema e o elegantérrimo Copacabana Palace.



 A Triya também tomou carona nessa brisa retrô com algumas calcinhas bem altas.









Hoje em dia, as tendências são várias, como o "ripple", com esta nervurinha no meio da parte de baixo, que salienta as curvas. E a globalização faz com que lindos biquinis sejam criados no mundo todo e que haja um intercâmbio fashion: modelos brasileiras posando para marcas estrangeiras e modelos estrangeiras posando para marcas brasileiras.


Aqui a brasileira Izabel Goulart para a revista Sports Illustrated:




E aqui a sul-africana Candice Swanepoel para a marca brasileira Água de Coco, num ensaio muito bonito nas piscinas naturais de Pamukkale, Turquia.






Mas o Brasil continua referência mundial na moda praia, como neste maiô de leve influência retrô e tropicalíssimo, com algo que só o Brasil tem: cajus!



E coitadinhos dos homens... enquanto a moda praia feminina foi tão criativa durante quase um século de história de trajes de banho, os trajes masculinos pouco mudaram, a não ser no que diz respeito a estampas e alterações sutis no tamanho, o que não necessariamente foi proporcional à linha do tempo. As tanguinhas infames de Fernando Gabeira (aquele que sequestrou o embaixador americano e hoje é um engravatado deputado) e Caetano Veloso (hoje cult figurinha assídua da revista Caras). Mas, tudo bem, se você foi até o Google checar os trajes dos moços nos anos 70, e agora precisa apagar essa imagem da memória, aqui vai uma fotita de sunga preta bem recheada.