... Cinco, quatro, três, dois, um, Viva! Feliz Ano Novo!
Happy 2014!
Não adianta você querer dizer que
nada tem a ver com isso, que é só uma data no calendário, que o Ano Novo não
muda nada, que todo dia é igual ao outro, que você está acima ou indiferente a
essas convenções sócio-comerciais, que o Ano Novo é patrocinado pelas agências
de turismo, como o Natal seria invenção do clube dos lojistas. A sociedade vive
dos pactos e convenções, que podem ser discutidos, mas não desprezados. Senão,
seria como dar um tiro no próprio pé. Não se caminha sem acordos de convivência
e alguns, como o Ano Novo, dado à sua extensão universal, têm uma força
simbólica real, que não permite indiferença. Até aquele mal humorado que
prefere ir à última sessão de cinema do dia 31 de dezembro, sozinho, e antes da
meia-noite já estar dormindo, não escapa ao Ano Novo. Não querer ver a entrada
do ano é uma reação negativa, mas é uma reação.
E todos os anos se renovam as
promessas, mesmo que sejam as mesmas das últimas décadas – sempre anunciadas,
nunca cumpridas – sem nenhuma vergonha do pecado. O Ano Novo lava a alma do
passado e estabelece um daqui para frente. Normalmente as promessas se dividem
em vir a ser mais apto, ou em vir a ser mais hábil. Ser mais apto é o sonho dos
Darwinistas, que acreditam tal qual Y-Yuca Pirama, que “se a vida é combate,
que os fracos abate, os bravos, os fortes só pode exaltar”. São partidários da
sobrevivência dos competentes.
Outros, os hábeis, almejam o
reconhecimento social - mal se reclamando de Hegel - indiferente às maneiras de
obtê-lo, tanto mais quando os chamados emergentes passaram a ter destaque em
novela e recebem aplauso popular. Prega a habilidade, o jeitinho sedutor para
obter a melhor vantagem. Mais vale aí a aparência de realização do que a
própria; artimanha consagrada no ditado popular: “comeu galinha, degustou
peru”.
E a psicanálise, tem algo a dizer
sobre as boas intenções do Ano Novo? Ao menos dois aspectos: “Você quer o que
você deseja?“, seria o primeiro, e o inexorável da surpresa, o segundo. Muitas
das promessas ficam só nas promessas, porque é bastante comum não se querer o
que se deseja. Este aspecto até auxilia os analistas no diagnóstico: obsessivos
seriam os que só querem o que não desejam, pois assim não arriscam perder o que
lhes é mais precioso, mantendo-o escondido a sete chaves; e histéricas aquelas
que, eternamente insatisfeitas com o que obtêm, desejam sempre uma outra coisa.
Querer o que se deseja implica o risco da aposta – toda decisão é arriscada – e
a coragem de expor sua preferência, mesmo sabendo que toda carta de amor tende
ao ridículo, como lembra Fernando Pessoa.
Então, no Ano Novo, uma promessa
analítica, se existisse, seria suportar querer o que se deseja e não temer a
surpresa do próprio Ano Novo. O momento mesmo do Réveillon é o melhor exemplo
do imprevisível: embora todo mundo saiba quando ele vai nascer embora tal qual
obstetra do futuro acompanhe a contagem regressiva do seu nascimento em voz
alta, não conseguimos evitar a curiosidade entusiasmada de ver a sua cara em
meio à sinfonia dos fogos de artifício e das bolhas de champagne.
E todo Ano Novo é multifacetado,
ele tem uma cara para cada um, é o que o difere do ano velho, com suas
conhecidas rugas e rusgas. Tanto melhor, se o Ano Novo lhe encontrar feliz.
Você.
(texto adaptado de Jorje Forbes por Márcio Costa)
Eles fizeram o futting
catanduvense acontecer na promessa de não pararem... Top 10 vai para...
1 - Alessandra e Mota Junior
2 – Rita de Cássia e Marco
Antonio Braggio
3 – Alexandra Bergamo Spina
4 – Lourdinha e Beninho Dalto
5 – Rita de Cássia – Onivaldo
Oliani
6 – Célia Marisa dos Santos
Trintinella
7 – Elza ManzatoLonghini
8 – Mônica – Sérgio Munhoz
9 – Silmara – Raulzinho Vianna
10 – Solange – Ederbal dos Santos
e Lívia
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