Agora eu vou falar de inveja, este sentimento que todo mundo critica, mas que no fim é a mola da criatividade. O problema é que nem sempre o que a gente cria dá certo e aí sai cada caca... Como este blog é um blog fashion cheio de GRAMUR e ninguém tá pagando, eu não vou falar que inveja é uma m****. Eu vou dizer que inveja é um totozinho. Gostaram? Pois quem não gostou, lingua grande, vá fazer companhia ao defenestrado Galliano.
Neste post vou citar alguns exemplos em que a inveja funcionou e outro que foi um completo desastre, tá bom?
Desde os incautos anos 60 que o povo apela. Esta cena é do último filme de Marilyn, que ficou incompleto porque ela morreu. Por isso às vezes penso que não queria morrer, pois alguém tão preocupado com sua projeção na mídia não iria querer se matar (ao menos não propositalmente). O caso é que Marilyn estava se mordendo com o sucesso de Liz Taylor e sua Cleópatra, papel que foi aliás almejado pela loira. Dizem que ela chegou a fazer alguns testes pra ele, mas não passou. Uma dúvida que não me sai da cabeça: será que o desejo de interpretar papéis diferentes seria maior que sua obsessão em ser loira?
As fotos de Liz perambulavam por todas as revistas do mundo e Marilyn, sentindo-se diminuída, e principalmente insegura por já estar com 36 anos - o que era um peso enorme nos anos 60 - decidiu nadar nua durante uma cena do filme. Os produtores garantem que a nudez não estava no contrato, mas Marilyn, bem desinibidinha, simplesmente "decidiu": passou horas nua na piscina. Ao sair dela, sensualmente se enrolou num robe azul, num velocímetro lânguido o suficiente para permitir diversos flashes, entre eles o primeiro ali no alto, em que ela faz aquela carinha de pirigueta pega de surpresa na praia: "oi? eu? quem tá aí? ai não sabiaaaaaaaaahn".
Não demorou muito e as revistas lhe imploravam as benditas fotos. A condição para cedê-las? Que não divulgassem mais nada sobre Liz. Não precisa nem dizer que eles aceitaram a condição e Marilyn em pouco tempo estava em todas as manchetes das revistas, ofuscando a atriz dos olhos violeta.
O plano marketeiro de Marilyn deu certo, mas há outros que são desastrosos. Veja por exemplo o nível de bizarrice que a inveja de Lady Gaga fez Madonna chegar.
Se ela fosse pobre não passava mais nem em porta giratória de banco. Mas já viu, né... Rico é exótico. Pobre é estranho. Eu já acho que ela tá parecendo um cangaceiro de Lampião.
E pensar que um dia ela foi assim, like a virgin... touched by the very first tiiiiiiiiiime...
Não sou fã de Lady Gaga. Aliás, não sou fã de ninguém, porque fã vem de fanático e nenhum fanatismo é bom. As pessoas acertam e erram, inclusive as celebridades. Por isso não amo nem odeio nenhuma. Apenas aprecio o trabalho de uns e outros, deixando preconceitos de lado, pois tanto no showbizz quanto na moda, as pessoas podem nos surpreender. Às vezes alguém super bem conceituado pode fazer algo horrível e alguém a quem pichamos tanto de repente faz algo que nos surpreende.
Confesso que minha caretice não me deixava enxergar Lady Gaga e seus vestidos de carne. Mas no dia em que a ouvi tocando e cantando sem os efeitos e as bizarrices de sempre, principalmente em duetos de responsa, comprovei que a ítalo-americana tem talento, apenas precisava chocar pra se sobressair em meio a tantos que também têm talento. E sua performance como sereia gótica em "You and I" me arrepiou os pelinhos da sombrancelha que não depilei (tô fazendo a Madonna).
E vamos combinar que ela no Rio de biquininho tomara que caia e canga bem carioca arrasou de pessoa normal. Provando que além de não ser um alien, ela é uma humana até bonitinha. Ao menos até ela começar a ter inveja de alguém. Aí a coisa fede...
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