terça-feira, 3 de setembro de 2013

Look andrógino George Sand inspiration


A produção desta foto foi inspirada em George Sand. Oi? Foi assim que reagi quando hoje de manhã meu amigo Roberto Cacciari me chamou de George Sand.
Ele explicou: na realidade, George Sand era o pseudônimo de Amandine Aurore Lucile Dupin, baronesa de Dudevant, que viveu na Paris do século 19, um período que aliás irei interpretar na exposição "Fashion History". Escritora revolucionária e precursora do feminismo, num tempo em que feminismo não era mostrar a bunda pro Papa, mas sim lutar por causas importantes, para mudar realidades injustas.


Esta é a real face de Amandine quando jovem. Até tem o rosto comprido, como o meu, e se era briguenta e adorava escrever, pronto! Aí já temos muito mais pontos em comum. Taí. Gostei de Amandine.
Pena que ela teve que se fazer de homem, utilizando inclusive nome de homem pra poder ter seus textos publicados, numa época em que mulher não escrevia, não compunha, não interpretava, não regia, não presidia. Em suma, não aparecia. E se aparecesse, era cortesã. Tinha que ficar em casa bordando.
Amandine sofreu muito com a morte prematura da mãe e costumava passear pelos campos conversando com seus amiguinhos invisíveis. Outra que vivia no mundo da lua, como eu. Também, como eu, gostava da vida silenciosa.
A escritora sofreu com outras perdas na família e encontrou consolo em casamentos.
Impetuosa, teve muitos amantes. Daí já somos diferentes. Ao invés de muitos amantes, amo muito. Mas estamos falando de George Sand... ops! De Amandine. Um de seus amantes foi o ilustre músico Chopin. Olhe só... e eu já toquei tanto o Revolucionário de Chopin. É de minhas peças favoritas ao piano.



Será que ele fez pensando nela, que era uma revolucionária?
E pensar que enquanto Chopin revolucionava positivamente, "George Sand" precisava de um humilhante pseudônimo, de um nome de homem para aparecer. Que injusta foi a História para com as mulheres. Quantos outros talentos estiveram escondidos em nomes de homens?

Em homenagem a Amandine, seja lá quem ela tenha sido de verdade e seja lá o que seja hoje, vou postar algumas fotos de looks andróginos, inspirados no jeito masculinizado que Amandine costumava se vestir.


Ninguém melhor pra sintetizar o estilo masculinizado sexy que a atriz alemã Marlene Dietrich, que também, convenhamos, tinha "culhões", no bom sentido. Fugiu da Alemanha de Hitler, pra tentar a sorte em Hollywood. E conseguiu. Com aquela voz, aquele talento, aquelas pernas e este olhar inconfundível.



O legado de Dietrich ao mundo fashion foi tão forte que aqui Kate Moss reproduz sua pose, de maneira muito competente, diga-se de passagem.



A top dinamarquesa Freja Beha é referência mundial da moda no estilo andrógino.



Até pra uma foto mais relaxada, de jaqueta de couro, que eu adoro, Freja é pura androginia.




O look pra ser andrógino não precisa ser necessariamente agressivo ou másculo demais. Ele pode ser elegante, explorando camisas, casacos e lenços, estilo adotado frequentemente pela clássica amazona Charlotte Casiraghi, filha da princesa Caroline de Mônaco e neta de Grace Kelly, de quem herdou a beleza clássica de seu rosto.


Vou terminar o post com dois looks da atriz americana Evan Rachel Wood, que tem figurado ultimamente em todas as listas das mais fashion girls. Consegue surpreender e lançar moda. Adora o estilo anos 20 e o andrógino sexy.




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