sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Talentos da moda brasileira

Tem gente que diz que o Brasil não foi descoberto e sim achado. E que da mesma forma também não se tornou independente num dia 7 de setembro de 1822, porque ambos continuamos escravizados por um sistema onde impera a desigualdade. Tudo isso tem sua razão de ser, mas convenhamos que quando os portugueses chegaram aqui, sim, havia gente vivendo neste vasto território ao qual hoje chamamos Brasil, mas o Brasil em si não existia. O que existiam eram várias nações indígenas e beligerantes entre si, com suas culturas e características próprias. E até 1822, o Brasil não poderia ser chamado um país, pois era apenas uma colônia de Portugal, apesar de durante alguns anos ter sido sede do Império.
É por isso que podemos considerar o dia de hoje como o aniversário do Brasil, enquanto nação e país. Um país heterogêneo, complexo e cheio de problemas, mas também um país com muitas qualidades e, no campo da moda, cada vez se impõe mais no mercado internacional, seja através de suas modelos, seja através de suas marcas e estilistas.
Pouco a pouco, o Brasil vai sendo mais conhecido lá fora, por meio desta exportação cultural, enfraquecendo os estereótipos chatos que ninguém aguenta mais, apesar de terem sua razão de ser - como o carnaval e o futebol - mas também mostrando que aqui vivem diferentes tipos de pessoas, com os mais múltiplos talentos e que não sabemos só fazer caipirinha e feijoda, mas que temos também grandes marcas de sapatos, como a Werner, que foi destaque recentemente na Vogue Italiana. A marca pode ser encontrada em Catanduva na Raffiny Calçados, no Garden Shopping Catanduva. Eita globalização boa essa. De dentro pra fora e de fora pra dentro, como diria a canção de Joyce. "Viver é afinar um instrumento, de dentro pra fora, de fora pra dentro...".



E indo de dentro pra fora do país, vamos ver onde foi parar uma joia produzida aqui, no nosso Brasil Varonil: no pescocinho de Angelina Jolie, que escolheu a peça Athena da brasileira H. Stern para fazer bonito no tapete vermelho.





A criatividade não tem fim no que se refere a acessórios no Brasil, como no caso deste conjunto de bracelete e anel de madeira da amazônia, com detalhes em prata e citrino.





No ramo de cosméticos também nos destacamos. A marca Natura por exemplo hoje já está em quase 10 países, inclusíve Estados Unidos e até a França, que é o berço de tudo que é bom em termos de perfumaria e cosméticos.



Na moda praia já somos referência faz tempo. Quando estudava inglês em Sydney em 2008, fui parada por um australiano que reconheceu a minha saída de praia e disse: "Blue Man". Ele não só conhecia a marca como a vendia na Austrália, e logo em território australiano que também tem praia pra tudo que é lado, até mais que no Brasil.



Com a SPFW, muitos estilistas, como Reinaldo Lourenço, Alexandre Herchcovitch, Carlos Miele, Ronaldo Fraga, Pedro Lourenço, Lino Villaventura e Isabela Capeto tem feito bonito, mas ainda precisamos de mais pra que nossas criações sejam tão influentes quanto as marcas europeias. Abaixo, parte de uma das coleções de Pedro Lourenço, com estampas bem brasileiras e que a gente tem visto muito pelas vitrines de Catanduva.



Quando à abertura para as modelos daqui, as portas se abriram com um pontapé das passadas largas de Gisele Bundchen. Antes dela, Shirley Mallmann já havia ganho destaque nas passarelas do mundo e em grandes editoriais de moda, mas foi Gisele quem literalmente estourou e deixou o caminho muito mais fácil para as modelos brasileiras.


A partir daí, os olhos do mundo da moda se voltaram com mais atenção para as brasileiras, a ponto de hoje em dia serem feitas brincadeiras como este mapa bem politicamente incorreto, mas que já configura o Brasil como celeiro de supermodels (y otras cositas más, no tan buenas).



Hoje, um considerável percentual entre as mais poderosas modelos do mundo é formado por brasileiras. O desfile anual da marca norte-americana Victoria's Secret, por exemplo, chegou a ter aproximadamente 30% de brasileiras em seu casting.
Enfim, a lista de brasileiras de sucesso no mundo da moda é grande e ficaria muito extenso dar o destaque merecido a todas aqui, mas algumas das mais famosas e requisitadas pelas grandes marcas internacionais são: Isabeli Fontana, Laís Ribeiro, Aline Webber, Emanuela de Paula, Raquel Zimmermann, etc.
Além disso, as modelos brasileiras figuram entre as mais sexies do mundo, conforme o site www.models.com., estando Gisele em segundo lugar no ranking das sexiests. Se em vice neste ranking específico, em outros deixa outras comendo poeira, pois é a modelo mais bem paga do mundo, a única que chegou a ser bilionária, é considerada ubermodel (categoria criada pelos alemães para definir algo superior a supermodel) e já está na lista das mais importantes "icons", junto com outras modelos mundialmente famosas, como Kate Moss e Naomi Campbell, que já não necessariamente trabalham tanto quanto as new faces, mas já foram, digamos assim, "jubiladas".
Em primeiro lugar entre as hottest, lógico, está ela, Adriana Lima, pra acabar com qualquer preconceito contra o nordeste e essa mania de brasileiro achar que só no Rio Grande do Sul tem mulher bonita. Pois se perguntam "o que é que a Bahia tem?", eu respondo: "Adriana Lima".



Adriana, aqui ao lado de Gisele Bundchen, em 2003, é o resultado da típica mistura que caracteriza tantos brasileiros. Tem ascendência indígena, portuguesa, francesa e japonesa, ou seja, quase um pouquinho de tudo que o Brasil recebeu ao longo dos séculos, uma sinopse do nosso DNA e o retrato de nossa miscigenação, que ainda precisa percorrer um longo caminho para se reconhecer, valorizar-se e acabar de vez com o preconceito.

Os homens brasileiros também têm feito sucesso lá fora. É o caso do catarinense Marlon Teixeira.

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